
Audio: Café e música instrumental.
A percepção do tempo, do espaço, do ser, dos outros e de nós mesmos, parte do pressuposto de que a consciência da existência é estanque. Neste sentido, agarra-se a poesia para se permitir o desvario de alargar o espectro de ausência e presença, para realidades paralelas. É assim que capacito a minha mente, inconscientemente, a cada vez que leio a poética que se confecciona.
O senhor que hoje me faz companhia lê a vida, lê as pessoas, lê o que o rodeia, lê com os sentidos e, curiosamente, lê com muita frequência livros. Preferencialmente sentado numa mesa de café porque o que vai bem com livros é este toque de cafeina sob uma cama de música instrumental!
‘Que o Génio Poético é o verdadeiro Homem, e que o corpo ou forma externa do Homem deriva do Génio Poético’ William Blake, Sete Livros Iluminados
Actor em part-time, editor não remunerado e ao ganhar folego para a vida encanta-se a ser autor. Projecta a voz para de lá saírem, sob um megafone invisível, as palavras que escreve e as que não escreve.
Vai sonhando acordado e a dormir, com narrativas que conduzem a um lugar onde o mundo é mais justo, mais defensável, mais próximo de cada um de nós – melhor!
Defensor dos seus ideais, atira pensamentos onde cabem todos os temas que lhe são vitais. Ama a vida, ama a transcendência e ama a poesia.
Já não escreve cartas, o que é pena, porque as suas palavras poderiam ser lançadas sem destino certo, sujeitando à sorte aqueles que as apanhassem.
A encadernação vê-a como arte associada ao livro, embora a coloque noutros tempos, onde a palavra “banalidade” não era incluída na mesma frase que a palavra “livros”. Talvez por isso nunca tenha pensado seriamente que livro gostaria de ver encadernado. Um escrito por si?
nota adicional: a imagem foi retirada da net e editada, não foi criada por mim.
#Lindo#
GostarLiked by 1 person